No dia 28 de março começa a execução dos projetos, fase que irá durar até 27 de julho
O Banco Central anunciou nesta quinta-feira (3) nove projetos que irão ajudar no desenvolvimento do Real Digital. Isso representa 20% das 47 propostas apresentadas.
Dentre os escolhidos estão a exchange de criptomoedas Mercado Bitcoin, os bancos Santander Brasil (SANB11) e Itaú Unibanco (ITUB4), além do grupo por trás da cripto Aave (AAVE).
Em nota, o BC disse que o projeto atraiu empresas brasileiras e de outros sete países (Alemanha, Estados Unidos, Israel, México, Portugal, Reino Unido e Suécia).
A ideia é encontrar propostas de aplicações variadas para o Real Digital, como entrega contra pagamento (DvP), pagamento contra pagamento (PvP), internet das coisas (IoT), finanças descentralizadas (DeFi) e soluções de pagamentos quando ambos pagador e recebedor se encontram sem acesso à internet (dual offline).
“Diante do elevado número de projetos de relevância e interesse para o desenvolvimento da iniciativa do Real Digital, o processo de seleção buscou um balanceamento entre a diversidade do portfólio de propostas apresentadas para o laboratório e a necessidade de acompanhamento detalhado dos projetos escolhidos”, explicou o BC em nota.
Confira os nove projetos escolhidos:
Aave – reúne recursos de vários poupadores (formando um pool de liquidez) com foco em oferecer empréstimo e garantir a aderência dessas operações às normas do sistema financeiro, empregando ferramentas de DeFi;
Banco Santander Brasil – trata de DvP e da conversão para o formato digital (tokenização) do direito de propriedade de veículos e imóveis;
Febraban – trata de DvP de ativos financeiros;
Giesecke + Devrient – trata de pagamentos dual offline;
Itaú Unibanco – trata de pagamentos internacionais, empregando método de PvP em uma aplicação com a Colômbia;
Mercado Bitcoin – trata de DvP de ativos digitais, com foco em criptoativos;
Tecban – apresenta solução de logística para e-commerce baseada em técnicas de IoT;
VERT (associada à Digital Assets e à Oliver Wyman) – trata de financiamento rural baseado em um ativo tokenizado programável com valor atrelado ao do Real (stablecoin do Real);
Visa do Brasil (associada à Consensy e à Microsoft) – trata de financiamento de pequenas e médias empresas com base em uma solução de DeFi.
Essa busca por parceiros faz parte do que o Banco Central chama de Lift Challenge, que é uma edição especial do projeto LIFT (Laboratório de Inovações Financeiras e Tecnológicas), realizado pela autoridade monetária em parceria com a Fenasbac.
Após o anúncio desta quinta, agora o projeto contará com mais duas etapas. No dia 28 de março tem início a fase de execução dos projetos escolhidos, que irão durar até o dia 27 de julho, quando serão concluídos os trabalhos.
O que é o Lift Challenge?
O LIFT Challenge é uma edição especial do LIFT (Laboratório de Inovações Financeiras e Tecnológicas). Realizado pela Fenasbac, em parceria com o Banco Central do Brasil (BC), o desafio reúne participantes do mercado interessados em desenvolver um produto minimamente viável (MVP) que atenda ao foco da edição. Cada solução será desenvolvida para beneficiar o Sistema Financeiro Nacional e para trazer benefícios e inovações à sociedade brasileira.
LIFT – Laboratório de Inovações Financeiras e Tecnológicas
é um laboratório virtual que promove protótipos de inovação financeira e tecnológica, coordenado pela Fenasbac e o Banco Central do Brasil, com o objetivo de fomentar projetos de pesquisa de inovação relacionados à indústria financeira. O laboratório conta com as seguintes parcerias: Microsoft, IBM, AWS, Cielo, R3, Multilegers e Instituto Fenasbac. Acesse o site do LIFT clicando aqui