Alguém já ouviu falar em lambari? Se você não é de Maués, Município a 267 km de Manaus deve estar pensando que se trata de um peixe, porém trata-se de uma iguaria que só se encontra na cidade de Maués
FMC – Na 17ª (decima-sétima) sessão ordinária da Câmara Municipal de Maués, será discutido o Projeto de Lei Ordinária nº 002 de 03 de maio de 2021, de autoria do vereador Paulo Rodrigo, que institui o “ LAMBARI” biscoito de polvilho, uma iguaria do município de Maués.
Se aprovado o projeto, ficará no registro histórico de Maués que o “lambari” biscoito de polvilho é uma iguaria do município e a receita foi criada pela família Sarquis. De acordo com o Art. 2º Ficará no registro histórico de Maués, que o “LAMBARI” biscoito de polvilho é uma iguaria do município de Maués, receita criada pela família Sarquis.
A justificativa do projeto é que, segundo a professora Vandetila Sarquis que relatou a história do “lambari” biscoito de polvilho aqui em Maués. O “lambari” é um prato típico da cidade uma iguaria há muitos anos, criado por sua família, sendo encontrado somente aqui no Município e na capital do estado Manaus que foi levado por filhos de Maués à receita. Segundo a professora Vandetila Sarquis sua bisavó Maria Clara costumava fazer esse biscoito, quando conheceu um português que provou o biscoito e gostou e associou o biscoito de polvilho a um peixe comprido que ele já conhecia o LAMBARI então daí a expressão “lambari”.

Mas o verdadeiro “lambari” biscoito de polvilho que hoje nós temos passou por uma transformação na sua família segundo a professora Vandetila Sarquis, sua avó filha de indígena com português ela nasceu 1909, chamava-se Maria Oliveira Sarquis, carinhosamente chamada de Maria Coleta. Casou-se com um judeu chamado Sotero, e ela tinha várias habilidades primeiro como parteira e segundo a culinária e como o biscoito de polvilho era tradição da família Sarquis, ela simplesmente com a curiosidade na época foi inovando ao invés de usar a tapioca seca (polvilho) ela usava o óleo quente e ia acrescentando o ovo a castanha da Amazônia, o sal e a erva doce e daí surgiu essa iguaria Maueense que é essa delícia o “lambari” biscoito de polvilho. Como forma de manter vivo nossas iguarias.
A pesquisa acerca do lambari de Maués fora feito pela professora Maristela Cardoso Jardim que em breve pretende incluir em um livro que está sendo produzido por ela e isso representa um resgate e valorização histórica da cidade de Maués.

Excelente projeto, pois a origem é tradição é de Maués
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