Um fato curioso da História de Maués, é sobre a existência de um antigo Cemitério indígena onde foi erguida a principal praça da cidade. O antropólogo Nunes Pereira (1954), em sua célebre obra sobre os “Índios Maués”, relata a existência de urnas funerárias em frente a antiga igreja matriz da cidade, construída pelos padres Carmelitas Calçados em 1853.

Provavelmente as urnas funerárias era dos indígenas da etnia Mawés. Tendo  vista que no rio Maués Açú, bem antes da invasão da região haviam três grandes Aldeias da etnia, uma delas próximo à foz do Rio, onde está construída a cidade. E o referido rio era habitado por numerosa população indígena, como: Mawés, Munduruku, ubuquares, Mutays, Apiacás, Araras e outras.

Na década de 1920, século passado, o local do antigo Cemitério indígena começou a funcionar como Praça Pública. Na administração do prefeito Municipal Homero de Miranda Leão (1952-1955), foi construída uma Praça com bancos, canteiros, dotadas com Luminárias e um Obelisco Municipal em Homenagem a Lenda do Guaraná de Cerêçáporanga contendo em uma das faces: o Brasão de Armas do Estado do Amazonas na parte superior esculpido em cimento armado (pintado de amarelo ouro) e um quadro na parte inferior, também em cimento armado retratando a referida Lenda escrita pelo prefeito Poeta.

Fonte: Arquivos A P CARNEIRO// Memórias do Município de Maués// Os Índios Maués.