Prazo termina dia 22 deste mês.

G1.AM – Trinta e quatro dos 62 municípios do Amazonas ainda não responderam aos questionários disponibilizados pelo Tribunal de Contas do Estado (TCE-AM) referentes às campanhas de vacinação executadas em cada município. O prazo termina dia 22 deste mês.

De acordo com o TCE, A ação faz parte de uma iniciativa nacional dos Tribunais de Contas para auxiliar os gestores do país na aplicação de doses em cada cidade.

Dois questionários foram enviados pela Corte de Contas aos prefeitos dos municípios do Amazonas. Para isso foi dado o prazo máximo de 10 dias, que se encerra na próxima quinta-feira (22).

Até o momento, apenas 45% dos municípios responderam aos questionários por completo, dentre eles a Prefeitura de Manaus.

Os gestores que não responderem até o fim do prazo poderão ser penalizados em representações pela Corte de Contas, sob a possibilidade de serem multados por falta de transparência.

Planejamento nacional

As solicitações de informações são parte de um projeto criado pelo Conselho Nacional dos Presidentes dos Tribunais de Contas do Brasil (CNPTC), que planeja reunir dados a nível nacional para otimizar os planos de imunização no país. Os dados farão parte de um site específico sobre o tema.

Por meio deste hotsite, o CNPTC fará uma análise das maiores dificuldades apontadas pelos gestores para viabilizar as possíveis contribuições que podem ser feitas pelos Tribunais aos municípios do país.

Vacinação no Amazonas

Quando as primeiras doses da vacina chegou ao Estado houve a polêmica por conta das denúncias de pessoas – do grupo não prioritário – que furaram a fila. A vacinação chegou a ser suspensa no Amazonas, seguido da investigação do Ministério Público sobre irregularidade na aplicação das doses.

Somente após a entrega de uma lista com o nome dos vacinados, a campanha de vacinação foi retomada. O Ministério Público Estadual do Amazonas chegou a pedir a prisão do prefeito de Manaus, David Almeida, e da secretária municipal de Saúde, Shadia Fraxe.

Veja cronologia abaixo:

  • 21 de janeiro – a campanha foi suspensa na capital em meio à investigação do Ministério Público sobre irregularidade na aplicação das doses. Foram feitas denúncias de que médicas parentes de empresários locais estavam furando fila, após postarem fotos em redes sociais.
  • 22 de janeiro – A Secretaria de Saúde do governo do Amazonas entregou lista de profissionais da saúde que seriam vacinados contra Covid em Manaus
  • 23 de janeiro – a vacinação é retomada, com a imunização dos profissionais da saúde. No mesmo dia, à noite, Justiça Federal determinou que a prefeitura de Manaus informasse, todos os dias, a relação das pessoas vacinadas contra a Covid na cidade sob pena de multa.
  • 25 de janeiro – o Ministério Público Estadual do Amazonas pediu a prisão do prefeito de Manaus, David Almeida, e da secretária municipal de Saúde, Shadia Fraxe, na ação que denuncia irregularidades na aplicação da vacina e no favorecimento de pessoas que teriam furado a fila do grupo prioritário da vacinação contra a Covid-19. De acordo com o MPE, houve fraude na fila de prioridades durante a campanha de vacinação e contratação irregular de dez médicos.
  • 28 de janeiro – o prefeito David Almeida negou irregularidades e chamou de ‘heróis’ os médicos que tiveram contratação questionada pelo Ministério Público.
  • 29 de janeiro – a secretária da Saúde, Shadia Fraxe, disse que faltavam “recursos humanos”.
  • Apesar da investigação, as vacinas de profissionais da saúde e de idosos estão sendo aplicadas em pontos diferentes da capital.