Sangria global na terça-feira reflete no desempenho da bolsa na manhã desta quarta; Ibovespa cai e dólar sobe

Por Machado da Costa – site veja.com

Nomes de efeitos climáticos voltaram a ser usados para qualificar a queda do mercado financeiro nos últimos dias. “Tsunami”, “tempestade” e “terremoto” são apenas alguns dos substantivos dados à queda dos principais índices de ações dos Estados Unidos. Apesar da histeria causada pela queda de ações de empresas de tecnologia, um índice tem se saído bem frente ao mundo – o Ibovespa. Um misto de sorte e otimismo.

Em dólar, até a terça-feira 20, o Ibovespa era o único entre as maiores bolsas do mundo que não apresentava perdas. Em reais – sem descontar a desvalorização cambial – o principal indicador da bolsa de valores de São Paulo tinha ganhos de 15,1%. Como comparação, o S&P500 e o índice Dow Jones, dois dos principais índices americanos, estão em queda de 1% no ano.

O otimismo deve-se a dois fatores: uma presença menor de investidores estrangeiros na bolsa brasileira e a eleição de Jair Bolsonaro, e a consequente influência de Paulo Guedes, futuro ministro da Economia. “A gente andou bem no mês das pesquisas. O Ibovespa subiu 10% em outubro. E agora, o que temos são os nomes dos ministros, que são nomes técnicos. O namoro continua entre o mercado e o novo governo”, afirma Pedro Galdi, analista da Mirae Asset.